Pesquisa revela que cigarro eletrônico é 95% menos prejudicial à saúde
Ainda sem regulamentação, dispositivo é vendido abertamente na Internet e tem ajudado fumantes e abandonar o tabagismo
Rio de Janeiro Os cigarros eletrônicos são 95%
menos prejudiciais à saúde do que o tabaco tradicional. Foi o que
mostrou um estudo publicado, nesta quarta-feira, pela Public Health
England, uma agência do Serviço de Saúde do Reino Unido.O dispositivo,
que ainda não é regulamentado pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa),
tem sido uma ajuda aos fumantes que tentam largar o cigarro.
Especialistas ainda são reticentes em afirmar que o dispositivo é "menos
nocivo" e aguardam estudos mais conclusivos.
"Mesmo tendo menos elementos tóxicos, o cigarro eletrônico tem substâncias negativas. O meu medo é que as pessoas troquem um cigarro pelo o outro e continuem viciadas, já que o e-cigarro também contém nicotina", alerta o especialista.
Já a principal autora da pesquisa, Ann McNeill, da Universidade King's College de Londres, destaca que o uso deste produto representará uma "revolução" para a saúde pública. "Atualmente, 80 mil pessoas morrem na Inglaterra a cada ano em consequência do tabaco. Se todos os fumantes passassem aos e-cigarros, reduziríamos para quatro mil o número de mortes. Essa é nossa estimativa atual, mas o número poderia ser mais baixo ainda", disse McNeill.
A shiatsu terapeuta Juliene Martins Faleiro, de 47 anos, fumou cerca de um maço de cigarros por dia por 30 anos e há cerca de dois parou de fumar com a ajuda do cigarro eletrônico.Ela cita outras vantagens do dispositivo: não tem cheiro e nem deixa um odor desagradável na roupa.
"Não sinto a menor falta do outro tipo. Se eu me aproximar de alguém com o cheiro do cigarro tradicional, saio até de perto. Fora que não sinto mais cansaço físico e nem taquicardia. Minha resistência física continua boa, mesmo utilizando o e-cigarro", conta.
Ignorando a omissão da Anvisa quanto ao cigarro eletrônico, um mercado informal de importação e venda de vaporizadores e acessórios se espalha na Internet. Uma busca rápida no Google por "comprar cigarro eletrônico" indica sites com um variedade de produtos que podem ser comprados no Brasil, com entrega em domicílio. A grande oferta sugere um negócio lucrativo. Se não impede o acesso de compradores ao cigarro eletrônico, a falta de regulamentação tem duas consequências óbvias: por uma lado, não gera impostos que poderiam ajudar no tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo; por outro, não permite que médicos recomendem abertamente o dispositivo como uma alternativa para quem quer parar de fumar.
Colaborou: Gabriela Mattos
Com informações da EFE
Ao longo do levantamento, os
pesquisadores mostraram que o cigarro eletrõnico serve como uma
alternativa aos adesivos de nicotina. O cigarro eletrônico é, na
verdade, um vaporizador. Ao invés de fumaça produzida pela combustão do
tabaco, o usuário inala o vapor oriundo do aquecimento de um líquido,
chamado essência, que pode ou não ter nicotina. O usuário escolher o
quanto de nicotina deseja inalar, e assim tentar, gradualmente,
abandonar o cigarro convencional.
A organização que conduziu a pesquisa
considera que "vaporizar", o ato de aspirar e expelir o vapor do
eletrônico, é menos prejudicial do que o tabaco do cigarro tradicional.
Para os cientistas, esse tipo de cigarro poderia ser ainda receitado
para as pessoas que quiserem parar de fumar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomendou a regulamentação do cigarro eletrônico em 20014, assim como a
restrição do uso apenas por maiores de 18 anos. No entanto, aqui no
Brasil o produto não é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Com isso, os médicos não podem receitá-lo aos seus
pacientes. Quem o utiliza costuma comprar por meio de sites na internet
ou quando vai a outro país.
O pneumologista Rodolfo Fred Behrsin explica
que o e-cigarro contém menos substâncias tóxicas do que o tradicional.
No entanto, ele afirma que ainda não é possível enumerar as vantagens e
desvantagens dele. Segundo o professor de Pneumologia da Unirio, seria
necessário fazer um estudo a longo prazo, para detectar de que forma o
produto age no corpo. "Mesmo tendo menos elementos tóxicos, o cigarro eletrônico tem substâncias negativas. O meu medo é que as pessoas troquem um cigarro pelo o outro e continuem viciadas, já que o e-cigarro também contém nicotina", alerta o especialista.
Já a principal autora da pesquisa, Ann McNeill, da Universidade King's College de Londres, destaca que o uso deste produto representará uma "revolução" para a saúde pública. "Atualmente, 80 mil pessoas morrem na Inglaterra a cada ano em consequência do tabaco. Se todos os fumantes passassem aos e-cigarros, reduziríamos para quatro mil o número de mortes. Essa é nossa estimativa atual, mas o número poderia ser mais baixo ainda", disse McNeill.
A shiatsu terapeuta Juliene Martins Faleiro, de 47 anos, fumou cerca de um maço de cigarros por dia por 30 anos e há cerca de dois parou de fumar com a ajuda do cigarro eletrônico.Ela cita outras vantagens do dispositivo: não tem cheiro e nem deixa um odor desagradável na roupa.
"Não sinto a menor falta do outro tipo. Se eu me aproximar de alguém com o cheiro do cigarro tradicional, saio até de perto. Fora que não sinto mais cansaço físico e nem taquicardia. Minha resistência física continua boa, mesmo utilizando o e-cigarro", conta.
Ignorando a omissão da Anvisa quanto ao cigarro eletrônico, um mercado informal de importação e venda de vaporizadores e acessórios se espalha na Internet. Uma busca rápida no Google por "comprar cigarro eletrônico" indica sites com um variedade de produtos que podem ser comprados no Brasil, com entrega em domicílio. A grande oferta sugere um negócio lucrativo. Se não impede o acesso de compradores ao cigarro eletrônico, a falta de regulamentação tem duas consequências óbvias: por uma lado, não gera impostos que poderiam ajudar no tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo; por outro, não permite que médicos recomendem abertamente o dispositivo como uma alternativa para quem quer parar de fumar.
Colaborou: Gabriela Mattos
Com informações da EFE
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