Tudo sobre a nicotina nos ecigs
Apesar de ter milhares de substâncias tóxicas, a única coisa que realmente deve ser levada em conta no vício químico produzido pelo cigarro é a nicotina. Ela é a responsável por viciar você, então neste artigo vamos tudo o que pudermos sobre este composto e como devemos usá-lo ao nosso favor para deixar o vício de lado.
O QUE É A NICOTINA?
Nicotina é o nome de uma substância alcaloide básica, líquida e de cor amarela que constitui o princípio ativo do tabaco.
A nicotina age sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina. Em pequenas quantidades, estimula estes, o que causa uma libertação de adrenalina e emoção. Em grandes quantidades, bloqueia-os, sendo esta a causa da sua toxicidade e eficácia como insecticida.
O seu efeito, quando consumida com o tabaco, manifesta-se de duas maneiras distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranquilizante, bloqueando o estresse.
Seu uso causa dependência psíquica e física, provocando sensações desconfortáveis na abstinência. Em doses excessivas, como qualquer outra substância, é extremamente tóxica: provoca náuseas, dor de cabeça, vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de 40 a 603 mg/kg em adultos.
COMO FUNCIONA A NICOTINA ?
A nicotina causa dependência ao cigarro e o torna agradável. Ao tragar a fumaça do cigarro, uma grande quantidade vai para os pulmões e passa para o sangue, atingindo o seu cérebro em alguns segundos. No cérebro, a nicotina causa a liberação de substâncias que dão a sensação de prazer e o relaxam momentaneamente. É a rápida liberação de nicotina no cérebro que promove a sensação de prazer.
Quando você fuma por muito tempo, o cérebro se modifica e começa a esperar a nicotina. Ao fumar, você inala nicotina e com o tempo, seu cérebro aumenta o número de novos receptores ávidos por nicotina. Quando você para de fumar, os receptores deixam de receber a nicotina de que precisam e gritam por mais. É por isso que você sente o desejo intenso de fumar e os sintomas da síndrome de abstinência, tais como irritabilidade e inquietação, que podem acabar com a sua força de vontade.
Quando dizemos que somos viciados em cigarros, estamos caindo numa falácia. Somos na verdade viciados em NICOTINA.
NICOTINA CAUSA CÂNCER ?
Esta é a pergunta de 1 milhão de dólares e a resposta é “PRATICAMENTE NÃO”.
Ela é indiretamente responsável em um nível molecular, então à título de argumento digamos que praticamente não.
O que causa câncer realmente são as 5000 e tantas outras substâncias tóxicas do cigarro.
Portanto, usando só a nicotina, você estará BEM MAIS SEGURO. Mas não se engane! Ela não é boazinha e largá-la é o principal objetivo!
A NICOTINA NO USO DO CIGARRO ELETRÔNICO
Temos no cigarro eletrônico o mesmo movimento do cigarro normal (levar algo à boca), a mesma sensação (tragar e soltar fumaça) e com a presença da nicotina no líquido que é consumido, a mesma dose química que nosso cérebro precisa para “estar bem”.
O objetivo é usar nicotina em um grau parecido com o que está acostumado com os cigarros e com o tempo, gradativamente, diminuir esta quantidade, até zerar, ficando apenas com o hábito mecânico de fumar (mania).
A grande vantagem é que a nicotina é o único produto maléfico de todo o processo, sendo praticamente um cigarro sem as outras 5000 e tantas outras substâncias cancerígenas.
A DIFERENÇA NA NICOTINA DO CIGARRO ELETRÔNICO
A nicotina usada no líquido consumido no cigarro eletrônico é líquida e concentrada, portanto é preciso medí-la e usá-la de acordo com a dose que se está acostumado.
Quanto o cigarro eletrônico foi lançado, existiam aparelhos que traziam sensações mais “fechadas”, mais próximas do cigarro convencional. Hoje em dia existem aparelhos muito mais sofisticados que também transformaram a forma como a nicotina deve ser usada e a sensação que ela traz, além da quantidade necessária para consumo.
Para entender melhor, é preciso conhecer mais sobre a história do cigarro eletrônico e sobre os modelos existentes.
Mas para continuarmos por aqui, entenda que em equipamentos mais simples, uma quantidade X de nicotina pode ser suficiente, enquanto em equipamentos mais avançados, ela trará uma sensação muito mais forte e quase intolerável para consumir.
DOSES INDICADAS DE NICOTINA NOS EQUIPAMENTOS
Sabendo que a dose de nicotina que você irá consumir vai mudar de acordo com seu equipamento, indico a tabela abaixo como uma SUGESTÃO, mas que deve SEMPRE ser levado em conta seu organismo e como ele reage.
O melhor é experimentar um nível abaixo do previsto e ir subindo.
Quanto falamos em “aparelho simples/fechado” estamos falando de equipamentos mais antigos, como os cartomizadores ou atomizadores como os modelos abaixo:
Quando falamos em “aparelhos avançados/abertos” estamos falando de equipamentos mais novos, como os modelos abaixo:
A diferença principal é que nos mais simples, quando você puxa o vapor, a sensação é mais “presa”, existe “resistência” na puxada, sendo normalmente usada a técnica MTL ou Mouth To Lung e nos mais avançados, você inspira o vapor diretamente aos pulmões, usando a técnica DLI ou Direct Lung Inhale, portanto a sensação de nicotina é muito mais poderosa.